Após cerca de 18 horas em greve, os rodoviários do Distrito Federal suspenderam a paralisação no início da noite desta segunda-feira, 6 de novembro, seguindo deliberação da assembleia do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Terrestres (Sittrater-DF). Ficou determinado que quem pudesse, voltaria a trabalhar ainda nesta segunda-feira, a partir das 19h. Demais trabalhadores voltam a partir das 0h de terça-feira.
Desde às 14h, a categoria, representando quatro das cinco empresas em operação na capital do país, se reuniram num gramado próximo à Rodoviária do Plano Piloto para uma assembleia, onde acolheram a proposta de retorno ao trabalho – para posterior retomada da negociação por melhorias salariais com as empresas de ônibus.
A suspensão da greve foi realizada após uma reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), durante a tarde, com a participação do Sittrater-DF, de representantes das empresas, do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Ministério Público do Trabalho da 10ª Região (MPT-DF/TO).
Os trabalhadores da empresa Marechal, no entanto, que estão com salários e o tíquete alimentação atrasados desde a última sexta-feira, deliberaram por continuar a paralisação até a quitação dos débitos. Clique aqui para conferir as linhas atendidas pela empresa.
Com a suspensão da greve, representantes dos rodoviários, das empresas de ônibus e do MPT-DF/TO vão se reunir novamente quarta-feira às 10h para retomar as negociações. A categoria reivindica 8% de reajuste salarial. Segundo o Sindicato dos Rodoviários do DF, as empresas apresentaram proposta de 5,33% de aumento nos salários, 8% no tíquete alimentação e 10% na cesta básica, o que foi rejeitado pela categoria em assembleia.
Ação no MPT
O dirigente do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório, relatou que, logo após a categoria deliberar pelo movimento de paralisação nesta segunda-feira, o GDF protocolou uma ação ao MPT pela suposta "abusividade da greve" e conseguiu liminar favorável de um juiz, afirmando que a população não havia sido informada e que não havia a quantidade mínima de ônibus circulando.
No dia 29 de outubro os rodoviários do Distrito Federal já haviam decidido em assembleia pelo início de uma greve, caso não fosse oferecida uma proposta de reajustes salariais, que cumprisse as exigências do acordo entre a categoria e as empresas.
“Avisamos em jornal de grande circulação que haveria a greve e comunicamos às empresas com tempo ainda maior do que o exigido por Lei”, disse Osório. A greve teve 100% de adesão da categoria. A multa, que estava estipulada em 10 mil reais por hora paralisada, será suspensa, conforme acordo estabelecido na mediação.
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Edição: Flávia Quirino