Representantes dos rodoviários do Distrito Federal e das empresas de ônibus que atuam na capital se reuniram nesta quarta-feira (8) para discutir o acordo previsto na suspensão da greve iniciada na última segunda-feira (6). De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do DF as partes ainda não chegaram a um acordo e outra reunião está prevista para o dia 13 de novembro.
“Essa primeira reunião foi apenas o pontapé inicial em busca de um acordo. O que a gente tá buscando é firmar um outro acordo coletivo”, explicou José Wilson, secretário geral do Sindicato dos Rodoviários. Segundo ele, o principal impasse segue sendo o reajuste dos salários, pois a categoria quer um aumento de 8%, mas as empresas propuseram um crescimento de apenas 5,33%.
“A categoria tirou na assembleia a necessidade de um reajuste de 8% no ticket, no salários e na cesta básica, mas as empresas só garantiram 5,33% e a categoria entende que precisa de mais”, explicou José Wilson.
De acordo com o secretário do Sindicato, é importante chegar num acordo na próxima reunião para que a nova proposta seja levada à assembleia, antes de finalizar o prazo de 10 dias da suspensão da greve, para evitar nova paralisação.
A reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), com a participação dos sindicalistas, representantes das empresas, do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Ministério Público do Trabalho da 10ª Região (MPT-DF/TO) foi o que possibilitou a suspensão. Assim, os demais encontros também estão ocorrendo no TRT.
Greve
No dia 6 de novembro os rodoviários fizeram um movimento de paralisação que durou cerca de 18 horas, que foi suspenso no início da noite do mesmo dia seguindo deliberação da assembleia do Sindicato. Ficou determinado que quem pudesse, voltaria a trabalhar ainda nesta segunda-feira e a partir da terça-feira o transporte voltou a normalidade.
Recursos para empresas
Na semana passada o governo do DF conseguiu aprovar uma abertura de crédito no valor de R$ 142,9 milhões a mais para empresas de ônibus, sem deixar claras as contrapartidas. Na ocasião, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) justificou que suplementação é para equilíbrio do sistema. Deputados de oposição manifestaram contra a abertura de crédito para as empresas, pela falta da exigência de contrapartidas.
:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::
Edição: Flávia Quirino