Para relembrar e valorizar a memória de Dulcina de Moraes, começa nesta sexta-feira (10), e vai até o dia 19, a 3ª edição do Festival Dulcina. A programação conta com espetáculos das cinco regiões do Brasil e a participação especial de uma peça internacional.
Dulcina dedicou toda sua vida ao teatro e revolucionou o mercado criativo sendo responsável pela formação superior de mais de três mil profissionais, entre artistas e arte educadores.
Acontecendo no Plano Piloto e em diferentes Regiões Administrativas, o festival soma quase duas dezenas de peças e performances, uma delas de Lima (Peru), além de uma peça e uma exposição dedica ao jornalista, escritor e teatrólogo Alexandre Ribondi. No total serão 10 dias que ninguém vai querer ficar de fora.
Entre as diversas novidades sobre o Festival Dulcina 2023 é que ele está dando seu primeiro passo rumo à sua internacionalização abrindo espaço para outros países da América Latina ao receber a participação de Astrágalo (produção encenada dias 10 e 11, às 20h no Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 sul), um depoimento cênico da companhia Ópalo Teatro, em coprodução com CAPAZ, que denuncia as práticas da traumatologia e ortopedia infantil no Peru na década dos anos 70 e 80. “Um espetáculo necessário que traz a temática da acessibilidade e da diversidade de corpos como tema, questões que precisam ser conhecidas, pensadas e discutidas”, analisa o coordenador geral do evento Cleber Lopes.
Outra novidade é que pela primeira vez, o Festival recebe a participação de peças das cinco regiões do Brasil, com espetáculos oriundos do Amazonas, Paraná, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.
“Não centralizar e tampouco delimitar as inscrições de produções foram medidas tomadas com o objetivo de contemplar todos esses espaços, gerando assim um entendimento que o Festival Dulcina é de fato um espaço diverso”, destaca Lopes sobre esta edição que teve nada menos do que exatas 361 inscrições, diante de 204 no ano passado, ou seja, um aumento de 80%. “E isso comprova que a quantidade de produções realizadas em todo o país, bem como a vontade de participar do evento, é enorme, o que nos traz uma percepção muito positiva do trabalho que nos propusemos a fazer”, avalia o coordenador.
Mesmo com um dia a menos em relação aos anos anteriores, o Festival está trazendo mais produções neste ano. A programação é intensa, ao todo são 17 espetáculos. Isso quer dizer que em alguns dias estarão sendo encenadas peças e realizadas ações de formação em até três locais diferentes: Gama, Plano Piloto, Ceilândia, Samambaia e Taguatinga são as Regiões Administrativas (RAs) por onde o evento vai passar.
“A curadoria primou pela diversificação, apostando em diferentes tipos de espetáculos, performativos, cômicos, dramáticos, então é realmente para um público diverso, tendo em vista o processo de acolhimento, formação e aperfeiçoamento feito por Dulcina de Moraes ao longo de toda sua trajetória”, explica Cleber Lopes.
Entre as atrações que estarão em cena, o grupo mais conhecido que vai participar desta edição é Os Melhores do Mundo com uma peça inédita (depois de mais de uma década sem estrear espetáculos). O espetáculo Telaplana (que já está fazendo algumas apresentações no Clube do Choro às terças-feiras) será apresentado no SESC Ceilândia, no dia 15 de novembro, às 19h. A comédia explora situações absurdas que a tecnologia trouxe para as nossas vidas, cada vez mais “virtual e interativa”.
O ingresso é gratuito. E além de peças encenadas, o Festival Dulcina conta ainda com cinco ações formativas, onde duas delas serão workshops, um sobre Teatro Negro e outro com a companhia pernambucana Magiluth; além de três mediações com debates com estudantes, antes e após os espetáculos: Enluarada: Uma Epopeia Sertaneja, Übercapitalismo, e Media Negra (na apresentação realizada no Espaço Semente no Gama).
Todos os espetáculos têm acessibilidade com tradução em libras e audiodescrição, esta mediante agendamento. Confira a programação completa no site do Festival.
Dia Mundial do Hip Hop no CCBB
O CCBB Brasília celebrará o Dia Mundial do Hip Hop, comemorado no dia 12 de novembro, com programação para todo o final de semana. “Uma verdadeira celebração da arte, da cultura e das raízes negras. É a oportunidade perfeita para trazer protagonismo para essa data e mergulhar na riqueza das danças urbanas e da música hip hop”, convida a organização.
Confira a programação completa:
11 de novembro (sábado) - 14h às 21h
15h - DJ Sapo
16h às 17h30 - Aulão de breaking com Beiço
17h30 às 18h - DJ Sapo
18h30 às 21h - DJ UMiranda
12 de novembro (domingo) - 15h às 21h
15h - DJ Sapo
16 às 17h30 - Aulão de Freestyle: Willocking
17h30 às 18h - DJ Sapo
18h30 às 21h - Thabata Lorena convida a Lídia Dallet e Lis Martins
Ensaio aberto da Capela Imperial inaugura temporada pré-carnaval
O Distrito Drag e a Escola de Samba Capela Imperial promovem neste sábado (11) um ensaio aberto. A festa de rua começa às 14h no Setor QNJ (Via LJ 1, CNJ 1), em Taguatinga. Com entrada gratuita, a tarde de samba tem a participação do grupo Força das Pretas e da Roda de Samba dos Amigos, além de apresentação da bateria Chapa Quente.
Para a presidenta da Capela Imperial, Lili Gaspar, o ensaio aberto é o pontapé inicial do pré-carnaval 2024. “Vamos passar toda a nossa energia de uma escola de samba unida com os ritmistas da Bateria Chapa Quente. Vamos colocar todo o público para cantar e sambar junto”, anima-se. A festa é realizada com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF).
Além da bateria, do grupo Força das Pretas e da Roda de Samba dos Amigos, a festa tem a participação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, dos intérpretes e passistas da agremiação, além da Rainha do Carnaval de Brasília, Laíssa Nayline.
Até o carnaval 2024, a Capela Imperial realiza uma série de ensaios abertos com a missão de valorizar a produção cultural de Taguatinga. “É a nossa maneira de chamar toda a nossa comunidade para nos preparamos para o desfile do próximo ano”, destaca Lili.
Fundada em 1976, a Capela Imperial é uma das escolas de samba mais tradicionais do Distrito Federal. Sua origem veio da necessidade de promover desfiles de carnaval para a comunidade do Rio de Janeiro que se transferiu para Brasília desde a época da fundação da capital. A agremiação foi a vencedora do Grupo Especial em 1996. Depois de oito anos afastada dos desfiles, voltou à passarela do samba neste ano e saiu como a vencedora do Grupo de Acesso. Em 2024, a escola volta ao Grupo Especial.
Serviço
Ensaio Aberto Capela Imperial
11 de novembro, a partir das 14h
No Setor QNJ, Via LJ 1, CNJ 1, Taguatinga
Entrada Gratuita
Classificação etária: 18 anos
Ecofeira edição Consciência Negra
A ecofeira do Mercado Sul acontece em edição especial Consciência Negra neste sábado (11), a partir das 14h. Com mestre de cerimônia Gato Preto, a programação conta com produtos locais, apresentações culturais e roda de conversa.
Programação:
Até 14h – Montagem e Organização (cheguem mais pra somar)
15h - Roda de prosa com Ana Noronha e convidads: MSV é Patrimônio
18h - Banda do Beco
19h - Kanvula
20h - Dani da Silva
21h -LADY CALI
Mercado Sul fica na QSB 12/13, em Taguatinga Sul.
Palco Aberto faz show a céu aberto na Torre de TV
O projeto Palco Aberto apresenta neste domingo (12) acrobacias aéreas circenses, na Feira da Torre de TV. A iniciativa, que sempre acontece um domingo por mês, continuará até março de 2024 com o patrocínio da Fundação Nacional de Artes (Funarte).
O espetáculo deste domingo contará com a apresentação da atriz e palhaça, Lele Marins e a banda escolhida para o encerramento é a Coco Dubem, uma banda de Coco que promove a cultura afro-indígenas no Distrito Federal.
Espaço Pé Direito apresenta peça que explora o absurdo em corrida contra o tempo
O Espaço Pé Direito recebe em novembro a peça “¡Alguém vai morrer!”, com sessões gratuitas nos fins de semana de 10 a 19 de novembro, sempre às 19h. A produção é realizada pelo grupo “Piores do Mundo” e tem inspiração no texto “O Rei Está Morto”, do lendário dramaturgo do Teatro do Absurdo, Eugène Ionesco. Com roupagem contemporânea, o espetáculo mistura elementos da tragédia e do humor com referências de novelas brasileiras e memes da internet.
O espetáculo, assinado pelas “Piores do Mundo”, tem direção de Nine Ribeiro $alvador, iluminação de Larissa Souza e produção geral de Isabella Baroz. A trilha sonora foi criada e é executada ao vivo por Mar Nóbrega. No elenco estão as atrizes Bianca Terraza, Julia Tempesta, Luana Lebazi e Thays Oak. A peça é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF).
A efervescência criativa proposta pela peça envolve situações com promessas, paranoias, imposição de poder, romance, medo da morte e traições. A lista de personagens inclui um rei, duas rainhas e uma cobra. Para a diretora Nine Ribeiro $alvador, o texto trata sobre apegos. “Tratamos sobre o apego à vida e ao poder, que traz consigo o egoísmo e o narcisismo dos poderosos. Além disso, discutimos sobre o abandono em oposição à urgência em se fazer o que tem que ser feito antes que o tempo acabe”, explica.
“¡Alguém vai morrer!” traz no próprio nome do espetáculo um teor de corrida contra o tempo, onde cada segundo importa, já que existe uma ameaça de fim, segundo Nine. “No decorrer da peça, a agonia cresce, ao mesmo tempo que informamos ao espectador de quanto tempo ele vai precisar ficar sentado no teatro sem mexer no celular. Para os mais ansiosos, dizer quanto tempo ainda falta é um alívio. Para os personagens, é um suplício”, detalha a diretora.
Serviço
“¡Alguém vai morrer!”
Dias 10, 11 e 12; 17, 18 e 19 de novembro, sempre às 20h
Dias 10 e 17, com interpretação em libras e audiodescrição
No Espaço Pé Direito (Rua 1, nº 23, Vila Telebrasília)
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos gratuitos com retirada aqui
:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::
Edição: Flávia Quirino