Começa nesta terça-feira (14) o júri popular do sargento Edimilson Dias Ferreira Júnior, policial militar acusado de homicídio doloso, por ter baleado um adolescente de 17 anos durante uma abordagem em janeiro de 2022. Familiares da vítima, Gustavo Henrique Soares Gomes, e ativistas contra a violência policial promovem um ato antes do início do júri em Samambaia.
O julgamento do policial acusado de matar o jovem Gustavo está programado para começar às 9 horas, no Fórum de Samambaia. A partir das 8 horas está prevista o início de uma mobilização com passeata e acompanhamento do julgamento. A concentração será no Terminal Samambaia, de onde os manifestantes pretendem ir em passeata até o Fórum.
“Esperamos que a justiça seja feita. Estamos indo para quase dois anos nesse caso, depois da Justiça recusar vários recursos da defesa do policial finalmente o julgamento do Gustavo vai acontecer e a nossa esperança é que tenha justiça”, declarou Yandra dos Santos, irmã do jovem vítima de assassinato. Segundo ela, todas as investigações apontaram para o dolo (intenção de matar) do policial e por isso a família espera que o sargento seja condenado.
:: Família aguarda justiça para jovem morto por PM em Samambaia ::
“Aqui no DF nos últimos tempos o que mais vem acontecendo são essas atrocidades, por falta de preparo dos policiais e muitas vezes não tem punição. Então, eu creio que nesse caso do Gustavo, a justiça for feita de verdade com certeza vai ter uma alerta até dentro da PM”, analisou Yandra. Segundo ela, é preciso melhorar o treinamento da PMDF para que casos como o do seu irmão não se repitam.
Caso Gustavo
No dia 28 de janeiro de 2022, o adolescente Gustavo Henrique Soares, 17 anos, estava na carona de uma motocicleta que teria furado um bloqueio do Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRV), na via de ligação entre Ceilândia e Samambaia. De acordo com informações da PMDF, a motocicleta teria furado o bloqueio e o carona (Gustavo) teria feito "menção de sacar uma arma da cintura", no entanto, a família da vítima e o motociclista disseram que Gustavo não estava armado.
O inquérito da Polícia Civil rejeitou a tese do sargento que alegou ter atirado em Gustavo Henrique em legítima defesa. O Ministério Público ofereceu denúncia de homicídio doloso, quando há intenção de matar.
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Edição: Márcia Silva