Distrito Federal

Coluna

Apenas com mobilização e luta é possível recompor os salários das servidoras e servidores públicos federais

Imagem de perfil do Colunistaesd
"Os sindicatos, as categorias, o serviço público precisam se manter atuantes" - Foto: Comunicação ADUnB-S.Sind
Orçamento previsto  representa menos de  1%, que não está diretamente vinculado à reposição salarial

Em defesa dos serviços públicos e por recomposição salarial, a Associação dos Docentes da Universidade de Brasília - Seção Sindical (ADUnB-S.Sind) aderiu à paralisação nacional de 48 horas nos dias 7 e 8 de novembro.

Esta paralisação nacional, aprovada na Assembleia Geral Extraordinária da ADUnB-S.Sind realizada no dia 30 de outubro, faz parte da campanha do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) pela recomposição salarial, pela reestruturação das carreiras, pela abertura das Mesas Setoriais junto ao Ministério da Educação (MEC), pela defesa da Educação Pública, pela defesa da Autonomia e pelo fim das intervenções, contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), entre outras.

Com diversas atividades, o Sindicato se uniu a diversas entidades durante os dois dias em uma mobilização que, além da plenária nacional realizada pelo Fonasefe, contou com atos no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e na Câmara Federal. 

A pressão das servidoras e servidores públicos federais ao Governo e ao Legislativo tem o propósito de sensibilizá-los para que a pauta do reajuste salarial seja incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Atualmente, a questão até integra o texto do documento. Entretanto, o orçamento previsto  representa menos de  1%, que não está diretamente vinculado à reposição salarial, enquanto as perdas salariais de algumas carreiras chegam a quase metade da remuneração e estão há quase 10 anos sem reajuste real. 

Durante os dias de mobilização a ADUnB-S.Sindi realizou um Roda de conversa com a categoria docente da UnB. E logo depois, participaram coletivamente da Plenária do Fonasefe de forma virtual.

Durante a roda de conversa que contou com a presença da Deputada Erika Kokay, foram propostos alguns encaminhamentos como a realização de audiências públicas na Câmara Federal sobre a inclusão das servidoras e servidores públicos no orçamento público, a articulação junto à Frente Parlamentar do Serviço Público Federal e ao Deputado Federal Danilo Forte, relator da LDO.

A luta deve acontecer nas ruas, nas mesas de negociação, mas também junto aos deputados na Câmara Federal. Para assegurar o reajuste será preciso intensificar ainda mais a pressão, afinal, será sabemos que é  possível fazer inclusões de valores de reajuste é por isso vamos continuar atuando em todas as frentes.  

A paralisação da categoria docente da Universidade de Brasília (UnB) aconteceu durante as 48 horas. Porém, é preciso ampliar a mobilização. A luta das servidoras e servidores, infelizmente, parece longe de acabar.

A Plenária Nacional deliberou pela realização da mobilização no dia  16 de novembro, quando acontece uma reunião da Mesa Central de Negociação Permanente entre Governo e entidades, uma nova atividade de articulação das entidades sindicais. A luta tem como objetivo intensificar a mobilização.

Afinal, ela não pode parar. Os sindicatos, as categorias, o serviço público precisam se manter atuantes. Apenas assim será possível vislumbrar a recomposição salarial.

:: Leia outros textos desta colunista aqui ::

*Diretoria da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB - S. Sind. do ANDES-SN)

**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::

Edição: Márcia Silva