Moradores do Trecho 3, do Sol Nascente, região administrativa do Distrito Federal participam nos dias 1, 2 e 3 de dezembro da Caravana de Direitos Humanos do Distrito Federal e Entorno para discutir o direito à cidade. O Trecho 3 é o que enfrenta maior dificuldade de regularização na região e que mais sofre com problemas estruturais e sociais, especialmente durante o período de chuvas.
De acordo com a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), uma das organizadoras da atividade, o objetivo da Caravana é “disputar narrativas em defesa da vida, da democracia com Poder Popular, dos direitos humanos e do bem viver, contribuindo com a criação de uma ambiência favorável aos direitos humanos”.
Também constroem a Caravana no Sol Nascente, o Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direito (MTD), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Coletivo Aroeira, Assessoria Jurídica Popular Roberto Lyra Filho (AJUP), Vida e Juventude, Família Hip Hop e diversas outras organizações, entidades e movimentos populares que atuam em Rede de Proteção Popular.
A programação da Caravana inicia nesta sexta-feira (1º), com exibição e debate de filme. No sábado (2), acontece uma oficina sobre construção de hortas medicinais, por meio do trabalho em mutirão dos quintais produtivos; debate sobre a situação da classe trabalhadora no Distrito Federal e discussão sobre o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT) e direito à cidade. No último dia, domingo (3), será realizada uma plenária popular com avaliação da caravana e demais encaminhamentos.
A Caravana de Direitos Humanos, realizado pela SMDH, acontece todos os anos no Maranhão e Distrito Federal, neste ano alguns outros estados também realizarão caravanas, entre estes: Rio Grande do Sul, Sergipe, Ceará, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Alagoas.
“Nós acreditamos que esses espaços contribuem para a tomada da consciência coletiva (compromisso comunitário), fortalece a organização social das comunidades e territórios e contribui para o fortalecimento da democracia à medida que proporciona emancipação e protagonismo da comunidade para discutir sobre suas demandas e fazer incidência sobre essas questões”, observa a advogada da SMDH, Alessandra Farias.
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Edição: Flávia Quirino