Distrito Federal

Luta por Moradia

Famílias acampam em frente a Companhia de Habitação do DF para cobrar moradia

Ocupação iniciou na manhã desta segunda (12); movimento exige divulgação de cronograma de entregas

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Famílias acamparam em frente na frente da CODHAB no Setor Comercial Sul - MTST/Divulgação

Com reivindicação sobre um cronograma para lista da habitação do governo do Distrito Federal (GDF) famílias do Sol Nascente, Ceilândia e Samambaia iniciaram nesta segunda-feira (11) uma ocupação, com barracas e lonas, na frente da Companhia de Habitação do Distrito Federal (Codhab) no Setor Comercial Sul, em Brasília.

Representantes do movimento já iniciaram uma negociação com o GDF, mas exigem a divulgação de um cronograma de entregas. A Codhab diz que previsão é atender 400 famílias no início de 2024.

“Nós já fomos recebidos, também vamos ter outra reunião com a presença de deputados distritais, mas nós precisamos mais que a palavra do governo [GDF], que já não foi cumprida antes”, informou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no DF, Rud Rafael. Segundo ele, mais de 900 famílias atualmente enquadradas nos critérios do programa habitacional do GDF esperam anos por suas moradias e eles exigem um cronograma. 

“O próprio governo já reconhece que essas famílias têm o direito à habitação, tanto que foram enquadradas nos critérios estabelecidos pelo próprio GDF, mas sem um cronograma essas pessoas ficam esperando por anos”, explicou Rud Rafael. Segundo ele, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Wellington Luiz (MDB) e o deputado Max Maciel (PSOL) estão buscando intermediar uma negociação entre os manifestantes e o GDF.

O MTST divulgou que durante os últimos cinco anos vem acompanhando este grupo de famílias, apresentando as demandas ao GDF, que as reconheceu como vulneráveis. No entanto, essas pessoas estão sob o risco de perderem seu lugar na lista da Codhab , pois existe a possibilidade de que cerca de outras dez mil famílias sejam acrescentadas à listagem. 

Codhab

Em nota, a Codhab disse que “reconhece que é parte do movimento social ocupar os espaços públicos para garantir os direitos, seja por meio de ocupação ou reivindicação, e informa que recebeu os representantes do movimento para conversar e compreender a pauta”.

A Companhia informou ainda que trabalha com uma lista de pessoas em situação de vulnerabilidade, enviada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e, atualmente, 1.740 estão nesta lista.  “A previsão para o início do próximo ano é atender 400 famílias”, informou a Codhab. A nota ainda acrescentou que “não existe acordo de destinação de moradia para famílias que fazem parte de movimentos, mas sim, para aquelas que participam da lista do programa habitacional. E, cada uma será atendida conforme a demanda das unidades em produção, respeitando a posição e pontuação”.

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Edição: Márcia Silva