O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Distrito Federal e Entorno realizou nesta segunda-feira (18) um ato político em defesa da unidade da luta política por democracia e reforma agrária popular, com a presença de diversas outras organizações populares. Realizado no Centro de Formação Gabriela Monteiro, em Brazlândia, o ato integra a programação do encontro da coordenação estadual do movimento, que iniciou no domingo (17) e encerra nesta terça (19).
De acordo com Sandra Cantanhede, da coordenação nacional do MST-DF, reunir os diversos movimentos de lutas é fundamental para o enfrentamento dos desafios do campo popular. “Só nós, os trabalhadores que lutamos pelos direitos, sabemos como tem sido difícil para nós esse longo período de retrocesso e avanço da violência contra o campo popular. Então, precisamos unificar as forças para seguir nas trincheiras, colocando a reforma agrária popular como nossa principal luta”, defendeu Sandra.
As organizações ressaltaram o compromisso em defesa dos direitos da classe trabalhadora e no combate ao neofascismo. A necessidade do fortalecimento de formação foi apontada como desafio pela educadora Madalena Torres, do Centro de Educação Paulo Freire (Cepafre) de Ceilândia, que foi fundado em 1989 e já alfabetizou mais de 16 mil pessoas no Distrito Federal. “Por meio da metodologia libertadora de Paulo Freire alfabetizando jovens e adultos para construir um outro Brasil e uma outra realidade, com fortalecer o pertencimento e coincidência das pessoas para que elas possam lutar pelos seus direitos por meio dos movimentos sociais”, destacou Madalena.
O representante do Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD) no Distrito Federal, Tobias Pereira, enfatizou a importância do campo e da cidade se unirem para lutarem juntos por direitos. No mesmo sentido, o representante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Araê Cupim destacou a importância da parceria com o MST na luta pela terra que caminha junto com a luta por um outro modelo de mineração no país.
A importância das lutas dos movimentos sociais também foi destacada por representantes da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (RENAP), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Brasil de Fato DF, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), entre outros.
Durante o ato político, também foi realizada uma manifestação em solidariedade ao povo palestino.
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Edição: Márcia Silva