Distrito Federal

Estado de alerta

Chuvas fortes causam alagamentos e deixam pessoas desabrigadas em vários pontos do Distrito Federal

Governadora em exercício, Celina Leão, decretou estado de alerta; em três dias já choveu 80% do esperado para janeiro

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Vila Cauhy foi o local mais afetado por transbordamento do córrego Riacho Fundo e falta captação de água da chuva - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Desde o dia 02 de janeiro as chuvas fortes em várias regiões do Distrito Federal têm retomado problemas de alagamentos e causado transtornos graves de moradia, transporte e saúde pública.

Conforme informações da Secretaria de Governo do Distrito Federal, até agora, as chuvas impactaram 15 regiões administrativas, com destaque as proximidades do Núcleo Bandeirante e áreas da Candangolândia. Nessas regiões, 60 famílias foram deslocadas devido ao transbordamento do Córrego Riacho Fundo.

Nesta quarta-feira (3), foi publicado no Diário Oficial do DF, o Decreto Nº 45.382, que declara estado de alerta no DF. Assinado pela governadora em exercício, Celina Leão, o objetivo do decreto é colocar em atividade órgãos do governo voltados para a prevenção e assistência à população, e, para isso, “determina a constituição de equipes multidisciplinares para a articulação, coordenação e atendimento de situações emergenciais, havidas em razão do período de chuvas ou de acidentes naturais, e dá outras providências”, aponta trecho do documento.

Um dos locais mais afetados foi a Vila Cauhy, localizada entre a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Via EPIA) e o Núcleo Bandeirante. A tempestade causou o transbordamento do córrego Riacho Fundo e, consequentemente, alagamento de casas dessa região que não possui rede de captação de água da chuva. A água do córrego atingiu também a área da Estrada Parque do Aeroporto (EPAR).

A secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) informou que está organizando um núcleo de atendimento no Ginásio do Núcleo Bandeirante, próximo à Administração Regional, com capacidade para aproximadamente 200 famílias.

A governadora em exercício realizou na quarta (3) uma reunião com órgãos e administrações regionais para anunciar um planejamento preventivo e estratégico de combate às consequências das tempestades. “Estamos mobilizados desde o início das chuvas. Hoje criamos um grupo de trabalho e decretamos um alerta para que as secretarias e os órgãos de prevenção fiquem atentos, e estamos mapeando as regiões que tiveram mais danos, como na Vila Cauhy, Candangolândia, Arniqueira e Sol Nascente, e também fazemos alerta à população da continuidade das chuvas e do trabalho preventivo”, afirmou Celina Leão.

Outra região bastante prejudicada foi o Trecho 3 da comunidade do Sol Nascente, próximo à Ceilândia. Na avenida comercial, lojas ficaram inundadas e ruas ficaram alagadas com ônibus, carros, motos e pedestres parcialmente submersos e em dificuldade de locomoção.

Alerta

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (INMET), após o temporal do início do ano, o DF entrou para a categoria de “alerta laranja”, o que significa perigo com grande volume de água e ventania forte que pode chegar a 100 km por hora.

O órgão também informa que essa condição impõe risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, mais alagamentos e descargas elétricas. Nos primeiros dias do ano já choveu mais da metade de tudo que estava previsto para o mês inteiro de janeiro. A média de chuvas do mês é de 206 mm e na estação do Paranoá, o INMET já registrou esse ano, 176 mm até a manhã do dia 03 de janeiro, o que corresponde a cerca de 86 % do previsto para todo mês nessa estação.

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Edição: Márcia Silva