A atualidade do genocídio executado pelo estado de Israel contra o povo palestino é tema da obra 'Contra o Sionismo: retratro de uma doutrina colonial e racista', novo livro do jornalista Breno Altman, que será lançado na quarta-feira (21), às 19h, no Beijódromo da Universidade de Brasília.
O lançamento do livro contará com um debate “Em defesa do povo palestino” com a presença da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL/RS), a secretária de Juventude da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) Maynara Nafe, a cientista política Ana Prestes e a professora do Departamento de Sociologia da UnB Berenice Bento.
Em Brasília, o lançamento do livro acontece com o apoio da Editora Alameda, Guia Musical de Brasília, Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), Sindicato dos Professores do DF (Sinpro).
Breno Altman, que é judeu, denuncia o massacre contra o povo palestino em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro. Lançado em dezembro do ano passado, o livro de 100 páginas é resultado do acúmulo de debates, entrevistas e análises com especialistas sobre o contexto dessa nova agressão promovida por Israel.
Fundador do Opera Mundi, Altman vem sofrendo uma série de perseguições encaradas como censura. O jornalista foi alvo de um inquérito da Polícia Federal, decorrente de uma requisição do procurador Maurício Fabreti, do Ministério Público Federal (MPF), em resposta a uma denúncia da Confederação Israelita do Brasil (Conib). Ele já responde a diversos processos protocolados pela entidade.
A Conib não concorda com as opiniões do jornalista, que critica o sionismo, corrente político-ideológica a qual ele atribui as mais de 25,7 mil mortes de palestinos, a maioria mulheres e crianças e adolescentes. Ele compara seu posicionamento de oposição ao sionismo com ser contra o fascismo ou o nazismo; e afirma existir uma diferença em relação a ser antissemita, ou seja, manifestar preconceito e ódio contra os judeus em geral.
"O sionismo não é igual ao judaísmo, ao contrário do que as entidades sionistas e o estado de Israel querem fazer crer. O sionismo é apenas uma corrente político-ideológica surgida no final do século XIX e que, a partir da metade do século XX, se constituiu na corrente majoritária entre os judeus, particularmente no que era a Palestina. Essa corrente tem dois princípios fundamentais: a criação de um estado étnico, que é o estado judeu, o estado de Israel, um estado étnico de supremacia racial; e que esse estado fosse construído na Palestina, terra ancestral dos judeus", diferencia Breno Altman.
Sobre a obra
Herdeiro de uma tradição judaica, comunista e antissionista, Breno Altman contabilizou, em um mês, mais de 50 horas de participação em lives para canais da mídia independente, bem como em análises e entrevistas para os programas que apresenta no canal de Opera Mundi no Youtube: 20 MINUTOS e OUTUBRO.
Devido à relevância do tema e do jornalista, essas intervenções foram degravadas e tiveram os textos preparados para a edição em livro. A visão que orientou a ação é a de que a comunicação escrita organiza o pensamento e permite uma absorção melhor do que quando apresentada de modo audiovisual.
‘Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista’ é uma obra que nasce no contexto dessa nova agressão promovida pelo governo de Benjamin Netanyahu e preenche a lacuna bibliográfica sobre temas complexos, como as estratégias do sionismo para a perpetuação da violência contra o povo palestino, apontando as diferenças entre judaísmo e sionismo, demonstrando como o sionismo se transformou em uma ideologia racista, colonial e teocrática e colocando como o resultado de anos de conflito foi a construção de um regime de apartheid que oprime o povo palestino de diversas formas.
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Edição: Márcia Silva