O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta quarta-feira (21) que o Executivo vai contratar 741 profissionais da Saúde efetivos para “reforçar” a atendimento à população em meio a grave crise de dengue. No entanto, o líder da oposição na Câmara Legislativa, Gabriel Magno (PT), destaca que as nomeações chegaram em atraso e com um número insuficiente.
“A saúde do DF entrou em colapso, o que é a prova da incompetência e da falta de gestão, porque isso foi alertado, por nós e vários especialistas”, declarou Magno, destacando que a questão da saúde não se restringe a dengue, mas a falta de planejamento, capacidade e denúncias de corrupção. “As nomeações chegam com atraso em número insuficiente”, acrescentou.
O líder da oposição na CLDF lembrou que o GDF demitiu cerca 1000 agentes comunitários e ambiental contratados no ano passado e não chamou os aprovados em concursos, o que foi fatal para o crescimento da dengue. “São 180 técnicos de enfermagem anunciados em nomeação só que hoje, no DF, nós temos 5873 cargos vagos”, exemplificou o deputado, destacando que no conjunto dos cargos da Saúde o DF tem cerca 24 mil cargos vago.
Nomeações
O GDF abriu um chamamento público de 200 médicos temporários e nomeou 180 técnicos de enfermagem, 156 enfermeiros, 115 Agentes Comunitários de Saúde e 90 médicos especialistas, todos efetivos. No entanto, o levantamento do gabinete de Gabriel Magno aponta que são 5.873 cargos vagos para técnico em Enfermagem, 834 para enfermeiros, 2.398 para agentes comunitários de Saúde e 4.900 para médicos.
O governo do Distrito Federal informou em nota que “trabalha permanentemente na ampliação do número de profissionais na rede pública de saúde, realizando concursos e nomeações.” Segundo o GDF em 2023, foram chamados 747 médicos de diversas especialidades, 241 enfermeiros, 132 cirurgiões dentistas e 565 especialistas em saúde e no início deste ano, foram nomeados 23 médicos.
“A pasta esclarece que esses chamamentos dependem de disponibilidade orçamentária e financeira com a finalidade garantir a legalidade e o equilíbrio orçamentário/financeiro das contas públicas do Distrito Federal”, acrescentou a nota, acrescentando que para a contratação dos médicos temporários e demais carreiras, o GDF vai investir R$ 59,9 milhões, recursos estariam garantidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.
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Edição: Márcia Silva