Vigilantes do Distrito Federal decretaram estado de greve durante assembleia geral realizada na noite desta quarta-feira (13). A categoria está em negociação por reajuste salarial desde dezembro de 2023 e considera que o patronato não apresentou “nenhuma proposta razoável” até o momento.
“Isso significa dizer que a qualquer momento poderá ser decretada uma greve geral da categoria por tempo indeterminado”, explicou o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), que participou da mobilização organizada pelo Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (SINDESV-DF).
O presidente do Sindicato, Paulo Quadro, informou que a categoria se reunirá com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta sexta-feira (15). Além disso, o assessor jurídico do SINDESV-DF, Jonas Duarte, entrará com um pedido de dissídio coletivo.
“Se não houver nenhum acordo no Ministério Público nem no Tribunal Regional do Trabalho, vamos decretar greve geral. Infelizmente vai parar hospital, banco, Brasília vai deixar de funcionar. E não é culpa do sindicato, é culpa dos patrões, da irresponsabilidade do sindicato patronal que não tem competência de chegar a um acordo com os trabalhadores”, alertou Paulo Quadro.
Campanha salarial
A campanha salarial movida pelo Sindicato dos Vigilantes foi iniciada em dezembro do ano passado. Desde então, já foram realizadas 9 rodadas de negociação. O Sindicato Patronal chegou a oferecer reajuste de 4,3%, mas a categoria exige correção equivalente ao IPCA, que é de 4,62%, mais ganho real.
“No entanto, as empresas querem dar um reajuste com uma mão e tirar direitos e conquistas com a outra como: mexer no seguro de vida, fim da homologação no Sindesv, vigilante aprendiz, entre outras, arrasando com mais de 30 anos de luta para conquistar”, protestou o Sindicato.
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Edição: Flávia Quirino