O Distrito Federal registrou 169.473 casos prováveis de infecção pelo vírus da dengue desde o início de 2024 e 147 mortes. Divulgado no dia 19 de março, o último Boletim Epidemiológico, emitido pela Secretaria de Saúde do DF, informa que houve, neste período, “um aumento de 1.733,0% no número de casos prováveis de dengue em residentes no DF se comparado ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 9.146 casos prováveis da doença no DF”. Em uma semana, foram 20.926 novos casos e 39 óbitos.
A infecção do mosquito aedes aegypti deve continuar crescendo até meados de maio. A informação foi dada pelo subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Fabiano dos Anjos, durante ação de combate à dengue, realizada em Santa Maria, no dia 16 de março.
A secretaria considera que uma Região Administrativa com “baixa incidência apresenta uma taxa de incidência menor que 100 casos para cada 100 mil habitantes, com média incidência aquela RA que apresente um intervalo de taxa de incidência entre 100 a 299,9 casos para cada 100 mil habitantes e com alta incidência uma RA que apresente uma taxa de incidência com 300 casos ou mais para cada 100 mil habitantes”.
O território do DF está organizado em sete Regiões de Saúde: Central, Centro-Sul, Leste, Norte, Oeste, Sudoeste e Sul. As Regiões de Saúde são formadas por municípios fronteiriços que compartilham identidades culturais, econômicas e sociais, redes de comunicação e infraestrutura de transportes. A finalidade dessas regiões é integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.
A região de saúde com maior incidência de casos prováveis são: Oeste (Brazlândia, Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol) contabilizou 37.509 casos; Sudoeste (Águas Claras, Arniqueira, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires) apresentou 26.365 casos; Sul (Gama e Santa Maria) teve 14.333 casos; Centro-Sul (Candangolândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo, Estrutural, Sia) notificou 10.448 casos; a região Norte (Arapoanga, Fercal, Planaltina, Sobradinho) registrou 9.861casos. A região Central (Cruzeiro, Lago Norte, Lago Sul, Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal, Varjão) é a área com menor índice.
Na relação de situação epidemiológica da dengue por Região Administrativa, a RA de Ceilândia apresentou o maior número de casos prováveis, 23.526 no registros. Em seguida, Samambaia com 8.916 casos prováveis, Santa Maria (8.736 casos), Taguatinga (8.201 casos prováveis) e Sol Nascente/Por do Sol (7.164 casos prováveis). A soma destas cinco regiões administrativas concentraram 56.543 casos, um equivalente a 35,67% da incidência de casos prováveis de dengue do DF.
Segundo esses critérios, não existe no DF região com baixa incidência. São 29 RAs com taxas consideradas altas. Na classificação média, estão Jardim Botânico, Lago Sul, Águas Claras, Park Way, SIA, Sudoeste/Octogonal.
Conforme o Boletim, o perfil dos casos prováveis de dengue com critérios de gênero e grupo etário, a maior incidência dos registros é do “sexo feminino, com 5.197,5 casos por 100 mil habitantes. O grupo etário com maior incidência de casos prováveis de dengue, em residentes no DF, está na faixa etária de 20 a 29 anos com incidência de 5.686,0 casos por 100 mil habitantes, seguido pelos grupos etários de 50 a 59 anos e 70 a 79 anos, com 5.481,5 casos por 100 mil habitantes e 5.284,2 casos por 100 mil habitantes, respectivamente”.
Crise nacional
O Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos de dengue em 2024, com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, elaborado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (21).
Neste ano, o Brasil registrou um total de 2.010.896 casos prováveis de dengue, incluindo diagnósticos confirmados e em investigação. Até o momento, foram confirmados 682 óbitos relacionados à doença, enquanto outros 1.042 estão sendo investigados.
O coeficiente de incidência da dengue no país é de 990,3 casos prováveis para cada 100 mil habitantes, de acordo com os dados do painel epidemiológico.
Vacinação
O atual estágio de vacinação contra a dengue no Distrito Federal é direcionada exclusivamente para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos completos.
O esquema vacinal consiste em duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas. Os pais ou responsáveis devem comparecer ao local de vacinação com documento de identificação da criança ou adolescente e a caderneta de vacinação.
Caso a pessoa tenha sido diagnosticada com dengue, é necessário esperar seis meses antes de iniciar a vacinação. Se ocorrer infecção por dengue após a primeira dose, a data para a segunda dose deve ser mantida, desde que haja um intervalo mínimo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose.
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Edição: Márcia Silva