Distrito Federal

Maio Antimanicomial

Agenda em Defesa da Saúde Mental no SUS pede ações efetivas para governo Ibaneis durante ato

Fórum Revolucionário Antimanicomial do DF realiza primeiro ato da agenda unificada em frente ao Palácio do Buriti

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Reflexo da precariedade da rede de atendimento a Saúde Mental pelo SUS, no DF, é sentido na ponta, por quem mais precisa da assistência, - Brasil de Fato DF

Com diversas pautas voltadas para o fortalecimento da Luta Antimanicomial no Distrito Federal, manifestantes realizaram, na manhã desta sexta-feira (17), o primeiro ato da agenda unificada em Defesa da Saúde Mental no SUS, na praça do Buriti, em frente a sede do Governo do Distrito Federal (GDF). Dezenas de profissionais da área da saúde, sindicatos, estudantes, militantes de movimentos sociais e usuários do SUS protestaram por ações efetivas do governo Ibaneis Rocha (MDB).

“A luta antimanicomial é uma bandeira que nós, do Serviço Social, temos dentro das nossas pautas de lutas por direitos humanos pelo SUS. Para nós, é muito importante estar aqui nesse ato, cobrando do GDF um maior investimento”, afirmou a presidenta do Conselho de Serviço Social do DF, Karina Figueiredo. Segundo ela, é preciso fortalecer os Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), além de realizar novos concurso público, já que "faltam mais de 200 assistentes sociais no SUS do DF, mas também faltam psicólogos e outros profissionais”, disse Karina. 

O reflexo da precariedade da rede de atendimento a Saúde Mental pelo SUS, no DF, é sentido na ponta, por quem mais precisa da assistência, como Teresa da Conceição, que tem dois filhos que utiizam do CAPS. Presente no ato para cobrar melhorias, para Teresa  "a gente precisa de ampliação dos serviços e de mais pressionais para entendimento, porque o que temos hoje não está dando conta”.

A residente em Psicologia Camille Chiarello avaliou que é preciso reestruturar a saúde mental no DF, que é uma das piores unidades da federação para este tipo de atendimento. “A gente vive numa realidade que falta profissionais, especialistas”, afirmou Camille, acrescentando: “A gente também entende que hoje em dia a melhor forma para se tratar qualquer questão coisas que envolva saúde mental é uma ideia mais social, que envolva o coletivo, tudo menos ficar trancado”.

“Esse é um ato de encontro de socialização, de quem compõe o campo da saúde mental no DF. Então, temos aqui usuários, familiares, profissionais, militantes, pesquisadores e todo esse grupo que compõe o grupo da Saúde Mental e reforma psiquiátrica”, explicou Pedro Costa, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), coordenador do Grupo Saúde Mental e Militância no DF e integrante do Fórum Revolucionário Antimanicomial do Distrito Federal, que organizou a manifestação e outros eventos durante a semana.


Nesta sábado temAto Público pelo Fechamento do Hospital São Vicente de Paulo / Brasil de Fato DF

Programação Unificada do Maio Antimanicomial do DF

18/05 - Ato Público pelo Fechamento do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) às 14h em frente ao Hospital São Vicente de Paulo

23/05 - Sessão Solene de Homenagem à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) às 19h na Câmara Legislativa do DF

28/05 - Seminário Saúde Mental e Desinstitucionalização às 9h na Câmara Legislativa do DF

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Edição: Rafaela Ferreira