Organizações de apoio à causa do povo palestino farão, nesta sexta-feira (17) na Rodoviária do Plano Piloto, uma ação de panfletagem e debate público contra o genocídio executado por Israel. A concentração será às 17h na plataforma superior da rodoviária.
Em nota, os manifestantes ressaltam que “o povo palestino vem sofrendo com o genocídio promovido por Netanyahu e o governo de Israel, a solidariedade e luta internacional em defesa do povo palestino é extremamente importante e tem crescido cada vez mais”. Compõem a organização e apoio do ato os coletivos ligados ao PSOL, PT, PCdoB, CUT, Rede, Levante Popular da Juventude, Juventude Socialista DF e a Federação Árabe Palestina no Brasil.
O ato "Mobilização em Defesa da Palestina" ocorre na semana em que se completa 76 da “catástrofe palestina” conhecida como Nakba, quando, em maio de 1948, de acordo com a Federação Árabe Palestina do Brasil, “pelo menos 750 mil palestinos foram expulsos de suas terras pelas milícias de europeus sionistas que fundaram ilegalmente o estado de Israel". Todos os anos, na Palestina e em vários pontos do mundo, palestinos e simpatizantes da causa promovem atos públicos para reivindicar o fim da ocupação militar e cobrar de autoridades e organismos internacionais medidas efetivas para barrar os crimes de lesa-humanidade de Israel.
::Manifestação de apoio a Palestina reivindica fim das relações do Brasil com Israel::
A Embaixada do Estado da Palestina no Brasil acrescenta que “76 anos após a catástrofe que destinou o nosso povo a décadas de massacres, à violação sistemática dos direitos humanos, à prática de crimes de guerra e crimes contra a humanidade e a mais de 220 dias de genocídio contra o nosso povo na Faixa de Gaza, exigimos justiça e a nossa libertação e independência, hoje mais do que nunca”.
Apoiadores da causa também defendem o fim das relações diplomáticas e econômicas do Brasil com Israel, sobretudo depois que o Exército brasileiro encomendou a compra de 36 obuseiros, veículos blindados de combate, da empresa israelense Elbit Systems.
A decisão do Exército brasileiro gerou críticas de entidades de defesa dos direitos humanos e de parlamentares, que questionam a compra de armamentos de uma empresa envolvida no processo considerado genocida. Solidários ao povo palestino, o movimento global BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que defende o boicote econômico ao Estado de Israel, pede um "embargo total" de armas provenientes de Israel, seguindo o exemplo da Colômbia sob o governo de Gustavo Petro.
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Edição: Márcia Silva