O Distrito Federal registrou 282.048 casos prováveis de infecção pelo vírus da dengue e 365 mortes desde o início de 2024, de acordo com o boletim emitido pela Secretaria de Saúde do DF. Dos óbitos, 57 ocorreram em Ceilândia, o que representa um número maior do que em 18 estados brasileiros. Apenas oito estados, além do próprio DF, têm mais mortes registradas do que essa Região Administrativa (RA), segundo dados do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do DF.
Desde a avaliação da semana anterior, foram registrados 6.291 casos e 23 óbitos no DF. Outras 41 mortes prováveis da doença também estão sendo investigadas. O quadro estatístico coloca o Distrito Federal com a maior incidência de infecção por Aedes aegypti no Brasil, considerando a quantidade de casos por cada 100 mil habitantes. Nesta semana, houve um aumento de 1.275,8% no número de casos prováveis em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram registradas 18.509 infecções em residentes do DF.
Ainda conforme o boletim, no perfil dos casos prováveis de dengue - com critérios de gênero e grupo etário - a maior incidência dos registros é entre as mulheres, com 8.383,8 casos por 100 mil habitantes. O grupo etário com maior incidência de casos prováveis de dengue em residentes no DF está na faixa etária de 20 a 29 anos, com 9.041,3 casos por 100 mil habitantes, seguido pelos grupos etários de 15 a 19 anos e 50 a 59 anos, com 8.751,3 casos por 100 mil habitantes e 8.581,0 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Regiões Administrativas
A Secretaria considera que uma Região Administrativa (RA) tenha baixa incidência quando apresenta menos de 100 casos para cada 100 mil habitantes. A média incidência é definida para uma RA com uma taxa de incidência entre 100 e 299,9 casos para cada 100 mil habitantes. Já a alta incidência é caracterizada por uma RA que apresenta 300 casos ou mais para cada 100 mil habitantes.
O território do DF está organizado em sete Regiões de Saúde: Central, Centro-Sul, Leste, Norte, Oeste, Sudoeste e Sul. As Regiões de Saúde são formadas por municípios fronteiriços que compartilham identidades culturais, econômicas e sociais, redes de comunicação e infraestrutura de transportes. A finalidade dessas regiões é integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.
A região de saúde Oeste apresentou o maior número de casos prováveis (50.820), seguida da região Sudoeste (47.110), região Sul (25.653), região Centro-Sul (18.179), região Leste (17.835), região Norte (17.753) e região Central (11.050).
Com relação à situação epidemiológica da dengue, a RA de Ceilândia apresentou o maior número de casos prováveis (31.825), seguida das RA Samambaia (17.466), Santa Maria (15.210), Taguatinga (12.376) e Gama (10.443). Estas cinco Regiões Administrativas concentraram 87.320 de casos prováveis, um equivalente a 34,3% de dengue do DF. A região Central (Cruzeiro, Lago Norte, Lago Sul, Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal, Varjão) é a área com menor índice.
Das 35 RAs do DF, 10 apresentam taxas consideradas altas e 11 na classificação média. Na classificação baixa estão somente as RAs Sudoeste Octogonal, Estrutural, SIA e Água Quente.
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Outros estados
A Região Administrativa de Ceilândia só fica atrás da Bahia, que teve 93 mortes, e supera estados como Espírito Santo (26), Mato Grosso do Sul (18), Mato Grosso (12), Piauí (10), Pará (7), Alagoas (5), Amapá (5), Maranhão (5), Paraíba (5), Amazonas (4), Rondônia (3), Sergipe (3), Pernambuco (2), Rio Grande do Norte (2), Tocantins (2), Ceará (1), Acre (0) e Roraima (0).
No geral, o DF tem o quarto maior número de mortes por dengue no país, ficando atrás de São Paulo (805), Minas Gerais (519) e Paraná (367). Quando se trata de incidência da doença, o DF lidera com 9.078,7 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (7.115,3), Paraná (4.780,5), Santa Catarina (3.874,9) e Goiás (3.663,2).
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Edição: Rafaela Ferreira