É fundamental o fortalecimento das mobilizações em todo o país
A greve de servidoras e servidores federais da educação chega em um momento decisivo. A mobilização das categorias docente e técnico-administrativos em Educação (TAE) tem se intensificado por todo o país. Ao todo, segundo o ANDES-SN teremos 65 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) em greve nesta semana. Uma agenda de atividades de suma importância está marcada, com destaque para as Mesas de Negociação com os(as) TAE nesta terça-feira (11/06), às 16h, e com a categoria docente na sexta-feira (14/06), às 10h, no Ministério da Educação.
Pressionado pelo movimento paredista, o governo se reuniu na segunda-feira, (10/06), com reitoras e reitores de Universidades e Institutos Federais e suas entidades Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), na qual divulgou o PAC das IFES e recomposição orçamentária no valor de R$ 400 milhões para o custeio, em junho de 2024, das instituições. Mais uma vez, trata-se de uma conquista também da greve, afinal, a recomposição do orçamento para as IFES é uma das principais reivindicações do movimento grevista, em sintonia com a pauta da Andifes e Conif. Essa conquista só reforça a decisão acertada da greve e o seu desenrolar, como reitera que o objetivo sempre foi a defesa da educação superior pública, de qualidade, gratuita e socialmente referenciada.
Para que avancemos ainda mais, é fundamental o fortalecimento das mobilizações em todo o país. Destacamos a relevância de participação nos atos das Mesas de Negociação dos dias 11 e 14, demonstrando toda nossa disposição de luta, compromisso e esperança em uma saída positiva para a luta pela educação federal de qualidade, mas não só. A mobilização também pode ser fortalecida nas redes sociais, com a hashtag #EducacaoNoOrcamento, nas conversas com colegas docentes, TAEs, discentes, com parlamentares e com a sociedade como um todo, elucidando a relevância da greve e fazendo a pressão necessária para que o governo atenda às reivindicações do nosso movimento.
Salientamos também que essa mobilização é fundamental para que não deixemos a extrema direita se apropriar de maneira oportunista e tacanha de nossas pautas e conquistas.
Não aceitaremos iniciativas espúrias e envidaremos todos nossos esforços para evitar que partidos, grupos e políticos que tanto odeiam a educação pública, o ensino superior público, e que querem acabar com eles, se utilizem de nosso movimento exitoso e da justeza de nossa luta. Não tergiversaremos com aquelas e aqueles que querem usar da greve para atacá-la, para atacar a Educação Federal e atacar o governo Lula, com intuitos reacionários e golpistas.
Por fim, no Distrito Federal, por se tratar de lugar privilegiado ao ser a capital do país, convocamos TAEs, docentes, discentes e toda a sociedade para ampliarmos nossas vocalizações e somarmos forças nesta semana decisiva, de modo a arrancarmos ainda mais conquistas para as IFES e, mais especialmente, para a nossa Universidade de Brasília.
O movimento paredista já tem várias conquistas, mas pode avançar ainda mais. Para isso, é preciso somar forças nas mobilizações. Seguimos na luta!
Agenda Conjunta - ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE
11 de junho de 2024 (terça-feira)
14h (concentração) – Ato vigília em frente ao MGI para Mesa de Negociação dos TAEs.
12 de junho de 2024 (quarta-feira)
9h (concentração) – Ato no estacionamento Anexo II da Câmara do(a)s Deputado(a)s;
10h – Audiência da comissão de educação com presença do Ministro da Educação.
13 de junho de 2024 (quinta-feira)
14h – Aulão em frente à Capes;
15h – Reunião com a Capes.
14 de junho de 2024 (sexta-feira)
Dia Nacional de Luta e Mobilização pela Efetiva Negociação - Ato vigília durante a Mesa de Negociação do(a)s Docentes - das 10h às 12h no Ministério da Educação (MEC).
* Comando Local de Greve da Universidade de Brasília - ADUnB-S.Sind.
**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.
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Edição: Márcia Silva