Entidades que apoiam a causa Palestina realizam, na noite desta quarta-feira (26), um evento com caráter cultural e de luta. O evento vai contar com duas atividades principais, sendo elas a exibição do documentário "O massacre de Sabra e Chatila", ocorrido no Líbano em 1982, e o lançamento da segunda edição do livro "Palestina: do mito da terra prometida à terra da resistência", de Sayid Marcos Tenório.
O evento será no Teatro dos Bancários com inicio às 18h30. A noite cultural também tem como proposta ser um "esquenta" para o ato nacional em defesa da Palestina que vai ocorrer, em São Paulo, no domingo, dia 30.
Logo após a exibição do documentário, será realizado um debate com o escritor e vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, Sayid Tenório.
Massacre da Sabra e Chatila
"O massacre de Sabra e Chatila" é um documentário de 20 minutos, produzido em parceria entre COTV Produções; Instituto Brasil-Palestina e a Produtora Independente Zariá. Aconteceu na chamada guerra civil do Líbano, que foi, na verdade, a guerra de “Israel” contra o Líbano e a OLP.
Sabra e Chatila eram um bairro e um campo de refugiados em Beirute, no Líbano. Entre os dias 16 a 18 de setembro de 1982, israelenses cercaram o bairro com suas tropas e mandaram a milícia Falanges Libanesa para massacrar a população palestina apenas com armas brancas. Sayid Tenório conta que o massacre de Sabre e Chalita foi uma ação dos sionistas comandadas por Ariel Sharon, ex-primeiro ministro de Israel, com apoio da milícia, liderada por Eli Hobeika.
"Nessa chacina, que durou quase três dias, foram mortos 2.400 palestinos a maioria mulheres idosas e crianças que viviam nesses dois campos de refugiados de Sabra e de Chatila", disse o escritor.
Em dezembro de 1982, as Nações Unidas entendeu o massacre como um ato de genocídio através de uma resolução aprovada pela assembleia geral. "Foi uma resolução votada e aprovada por ampla maioria. 123 países votaram em favor a condenação desse ato genocida por parte de Israel. Não teve ninguém contra, mas teve 22 abstenções que são essas de sempre desses países aí que são os financiadores das atrocidades de Israel na Palestina", explicou Sayid.
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Edição: Flávia Quirino