As inscrições para a 6ª edição da Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio foram prorrogadas até este domingo, dia 7 de julho. Podem ser inscritos filmes dirigidos por mulheres negras, cis e trans, de todo o mundo.
O encontro deste ano será no formato híbrido, com exibições online e presenciais no Distrito Federal (DF), com previsão para acontecer entre os dias 3 a 9 de outubro.
A Mostra selecionará filmes de curta, média e longa metragens e telefilmes que tenham sido produzidos a partir de janeiro de 2022, em formato digital, dos gêneros ficção, documentário, animação e experimental. O edital aceita inscrições até o dia 16 de junho.
No caso de produções cujo áudio não tenha sido captado em língua portuguesa, o filme deverá ser legendado em português, obrigatoriamente.
Os filmes nacionais podem ser inscritos por meio deste formulário, mediante uma taxa de R$ 20. Já as produções internacionais devem ser inscritas pela plataforma FilmFreeway, com taxa de inscrição de 4 dólares. Os valores arrecadados serão revertidos para a realização do próprio evento.
Os filmes selecionados concorrerão nas seguintes categorias:
● Melhor Filme Longa Metragem
● Melhor filme de Média Metragem ou Telefilme
● Melhor Filme Curta metragem
● Melhor Filme Júri Popular
● Melhor Direção
● Melhor Direção de Arte
● Melhor Fotografia
● Melhor Trilha sonora
● Melhor Montagem
● Melhor Roteiro
● Melhor Atriz
Mostra de Cinema Negro Adélia Sampaio
A proposta de realizar a Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio surgiu em 2014 com um edital do Ministério da Educação e Cultura. “A UnB abriu edital interno e foi quando propusemos um encontro nacional de cineastas negras com a proposta de uma mostra competitiva de cinema negro feminino”, explica Edileuza Penha, idealizadora e uma das curadoras do festival.
"Ainda em meu doutorado, em 2013, percebi a invisibilidade das mulheres cineastas. Foi quando descobri o trabalho de Adélia Sampaio e veio a ideia de homenagear uma cineasta viva — a primeira cineasta negra brasileira, que trabalhou com quase todas as figuras do cinema novo”, acrescenta Penha.
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O evento é o primeiro do gênero no Brasil e celebra o pioneirismo e o talento das diretoras e produtoras negras, além de reconhecer a importância delas para a história do cinema.
“De acordo com uma pesquisa da Ancine, o cinema brasileiro é financiado para homens brancos. O percentual de mulheres é pequeno e o de negras, até 2016, quando a pesquisa foi feita, o Estado brasileiro não havia financiado nenhum filme roteirizado ou dirigido por mulheres negras”, afirma Edileuza Penha.
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Edição: Márcia Silva