Distrito Federal

Medicina

Bolsonarista, chapa de atual conselheira do CFM vence disputa no DF

Chapa 1 recebeu 50,4% dos votos e a Chapa 2 de oposição recebeu 35,13% dos votos

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Eleita, Rosylane Rocha é 2ª vice-presidenta da atual gestão do CFM e tem entre seus marcos manifestações de apoio aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O resultado das Eleições para composição do Conselho Federal de Medicina (CFM) foi divulgado na noite desta quarta-feira (7), minutos depois do encerramento da votação. Em todo o país 408.748 mil médicos participaram do processo eleitoral que elegeu os 54 conselheiros do colegiado. O número representa 75,22% da quantidade de eleitores aptos a votarem. A votação eletrônica iniciou na terça, dia 6.

No Distrito Federal, 12.012 mil médicas e médicos participaram do processo eleitoral. De acordo com informações do Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) haviam 16.006 eleitores aptos a votar.

Três chapas concorreram às duas vagas de titular e suplente no DF. A Chapa 1 “Reunir & Trabalhar”, encabeçada pela atual conselheira Rosylane Nascimento das Mercês Rocha, obteve 5.375 votos. A Chapa 2 “Ciência, Ética e Dignidade”, encabeçada pela médica Beatriz Mac Dowell, recebeu 3.747 votos. Já a terceira chapa “União e Compromisso” obteve 1.543 votos. Foram 617 votos em branco e 820 votos nulos.

A Chapa eleita, formada por Rosylane Nascimento e Sérgio Tamura, vai atuar no CFM na gestão 2024-2029. Atualmente, Rosylane Nascimento é a 2ª vice-presidenta do Conselho. 

A gestão atual do CFM foi eleita em 2019 e desempenhou um papel fundamental de apoio à agenda da extrema direita em diversos assuntos. Nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, enquanto estava como presidente interina do CFM, Rosylane Nascimento, compartilhou, nas redes sociais, imagens da depredação com mensagens de apoio como “Agora vai” e “Perdeu mané".

Em junho deste ano, ao lado do presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, Rosylane Nascimento divulgou um vídeo solicitando o “fim das incursões” de parlamentares em hospitais públicos do Distrito Federal. A medida gerou repercussão e a vice-presidenta recuou.

Entre as apoiadoras da Chapa 1 no DF, está a deputada federal Bia Kicis (PL) que comemorou o resultado em suas redes sociais. “Chapa pró vida e que respeita a liberdade e o ato médico”, disse.

Em todo o Brasil, grupos progressistas conseguiram lançar chapas em pelo menos 16 das 27 disputas. Além do DF, estados como no MG, PE, RJ, RS e PR, também tiveram candidatos dispostos a mudar a atual configuração do CFM. A posse da nova gestão será realizada em 1º de outubro.

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Edição: Márcia Silva