O Armazém do Campo foi o palco de um ato político e cultural que marcou a comemoração dos três anos do veículo regional do Brasil de Fato no Distrito Federal (DF). A celebração foi realizada na noite de quinta-feira (5) e contou com a presença de representantes de movimentos e organizações populares, colunistas do jornal, além de lideranças políticas.
O veículo regional iniciou as atividades no DF em 26 de julho de 2021. Nesses três anos de atuação tem noticiado e focado a produção de conteúdo nas lutas da classe trabalhadora no DF.
Para o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no DF, Marco Baratto, o veículo é uma estratégia das organizações populares para contrapor a mídia hegemônica. “É um trabalho fora da ordem do sistema, expondo notícias que vão contra os interesses da classe dominante e da burguesia do DF. O veículo busca destacar a diversidade de perspectivas e visões de mundo na cidade, incentivando um olhar crítico sobre esses temas por parte da população”, destacou.
Na avaliação da presidenta da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), Eliene Novaes, o BdF DF tem sido crucial para dar voz aos “invisibilizados” e abordar pautas que a mídia tradicional ignora.
“O Brasil de Fato tornou-se uma porta-voz essencial para comunidades que precisam ser visibilizadas e ouvidas. Para nós da ADUnB, a parceria com o Brasil de Fato é valiosa, trazendo notícias e reflexões sobre a vida acadêmica e sindical, além de questões relevantes para o DF e o cenário nacional. Celebrar os três anos do Brasil de Fato é motivo de grande alegria, e desejamos que essa parceria continue forte e frutífera,” afirmou. A ADUnB é uma das organizações que apoiam a comunicação popular no DF.
O ato político e cultural contou com a apresentação da poeta e artista Meimei Bastos, do poeta Diego Ruas, Coletivo de Mulheres Negras Sambadeiras de Roda e performance do grupo de teatro político Laboratório de Teatro e Reforma Agrária (Latera).
A drag queen Ruth Venceremos também prestigiou a celebração e reforçou a importância do veículo. “O BdF tem uma missão importante que é olhar sobre a realidade do DF a partir de uma perspectiva popular. Desde quando surgiu aqui tem cumprido essa tarefa de olhar para Brasília nessa complexidade para além do plano piloto e para além também de ser um instrumento de comunicação de denúncia. É um espaço para mostrar o que nós temos de mais belo e de maior potencial, por exemplo na cultura”, destacou.
Representantes de organizações sindicais como Sinpro, Sindsep-DF, CUT-DF, CNTE, Fasubra, e de movimentos populares como MTST, MTD, Levante Popular da Juventude e representantes de partidos políticos também participaram da atividade que lotou o Armazém do Campo. Os deputados Fábio Félix (Psol), Gabriel Magno (PT) e a deputada federal Erika Kokay (PT) também marcaram presença.
“É um instrumento vital na luta pela democracia e pela democratização dos meios de comunicação. Em um momento de ataques aos espaços públicos e culturais, como o ocorrido com o Eixão do Lazer, o Brasil de Fato oferece visibilidade e voz para essas lutas”, pontuou Gabriel Magno.
Além do site nacional, o BdF está presente em nove estados brasileiros com sua versão regional: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além do próprio DF.
O coordenador de jornalismo do Brasil de Fato, Rodrigo Chagas, também esteve no ato político e falou da importância da comunicação e do apoio para o financiamento do jornalismo popular. "Estamos produzindo reportagens, colunas, programas de rádio, programas de tv, estamos fazendo nossa parte e o financiamento é fundamental, sejam apoiadores, o jornalismo que fazemos precisa desse apoio".
A editora do Brasil de Fato no DF, Flávia Quirino, destacou o compromisso do veículo com as lutas populares. “São três anos com o compromisso diário de noticiar as lutas da classe trabalhadora no Distrito Federal e temos certeza que fazemos isso com um jornalismo ético e comprometido, então é muito importante festejar esse momento ao lado de tantas organizações, movimentos e pessoas que acreditam e apoiam nosso trabalho”, afirmou.
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Edição: Márcia Silva