O Distrito Federal registrou um aumento significativo no número de casos de Covid-19 entre junho e agosto deste ano. Em junho, foram confirmados 339 novos casos, e em agosto, o número subiu para 2.743, representando um crescimento total de aproximadamente 707% no período. Entre junho e julho, houve um aumento de 212%, enquanto de julho para agosto, o crescimento foi de 159%.
A semana epidemiológica atual apresenta 772 casos novos em relação a semana anterior, um aumento de 85,5% desse quesito na mesma semana epidemiológica do ano anterior.
O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, alerta que o Distrito Federal está entre as unidades da federação que registraram aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com tendência de ampliação em longo prazo (6 semanas). Além da capital, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo também avançam nessa categoria epidemiológica por causa específica da Covid.
A Secretaria de Saúde do DF indica que o maior número absoluto de casos confirmados residentes do Distrito Federal estão destacados nas Regiões de Saúde Sudoeste e Central. As maiores incidências foram registradas nas Regiões Administrativas Lago Sul, Sobradinho, Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal.
Tatiana Portella, pesquisadora do da Fiocruz, enfatiza a importância de que “todos os indivíduos pertencentes aos grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades, estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19”.
No DF, pelo menos 187.284 pessoas que tomaram a primeira dose da vacina não retornaram para o complemento vacinal, como ilustra a tabela a seguir:
Até o fim do mês de agosto, foram notificados no Distrito Federal um total de 951.357 casos confirmados de COVID-19 desde o início da pandemia em 2020 e desses, 12.014 evoluíram para óbito. Conforme a pasta, foram notificadas 6 mortes pela doença no Distrito Federal entre junho e julho, sendo 5 mulheres e 1 homem.
Quadro nacional de SRAG
O levantamento da Fiocruz apresenta um aumento nos casos de SRAG causados por rinovírus em diversas regiões do Brasil, incluindo o Centro-Oeste, Sul e Nordeste. O Amapá se destaca como o estado com a maior concentração de casos graves de rinovírus, especialmente entre crianças e adolescentes de até 14 anos.
De acordo com a Fiocruz, a prevalência dos casos positivos nas últimas quatro semanas epidemiológicas foi de 34,7% para rinovírus, 32% para Covid-19, 14,4% para influenza A, 9% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 3,2% para influenza B.
Quanto aos óbitos, a distribuição entre os casos positivos mostra que 50,2% foram atribuídos à Covid-19, 25,4% à influenza A, 9,8% ao rinovírus, 4,1% à influenza B e 3,7% ao VSR.
"Nessa época do ano, começam as campanhas de vacinação contra a influenza na região Norte. E é muito importante que todas as pessoas elegíveis nos estados do Norte também estejam em dia com a vacina contra a influenza'', acrescenta Tatiana Portella.
A pesquisadora ressalta que a importância em “seguir recomendações como uso de máscara em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e com menor circulação de ar, assim como dentro dos postos de saúde”. Ela acrescenta que “em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção e, assim, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas. Mas, se não for possível fazer isolamento, o recomendado é sair de casa usando uma boa máscara".
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Edição: Márcia Silva