Distrito Federal

Saúde Pública

Servidores do Hospital de Santa Maria encontram barata e plástico na comida

Denúncia aponta que hospital está fornecendo comida azeda, mofada e com insetos para os funcionários e servidores

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Barata encontrada na refeição dos servidores do Hospital de Santa Maria, administrado pelo IGES-DF - Foto: Reprodução

Servidores do Hospital de Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal, denunciam que teriam encontrado barata, plástico e outros problemas na refeição recebida. A unidade é administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).

Segundo a denúncia, o Hospital de Santa Maria está fornecendo comida azeda, mofada e com insetos para os funcionários e pacientes. Os funcionários também relataram que as embalagens possuem cheiro de barata, a comida tem pouca variedade e muito carboidrato. Além disso, a denúncia aponta que a comida servida nesta quarta-feira (25) tinha uma barata e tinha plástico na comida.

Procurados pelo Brasil de Fato DF, o Iges-DF informou que a empresa Salutar/WB Nutri já foi notificada pelo Instituto e vai apurar o ocorrido. "A comida segue todos os padrões estabelecidos pela fiscalização do Núcleo de Nutrição e Produção do IgesDF", diz nota.

"Lamentamos muito o episódio do inseto e estamos decididos a investigar o fato, dado que a dedetização e limpeza dos nossos ambientes estão em dia e seguem critérios rigorosos", complementa o Iges-DF.


Plástico também foi encontrado na comida dos servidores do hospital / Foto: Reprodução

Pedido de Providência 

Um Pedido de Providência na Saúde foi enviado para a secretária de Saúde do DF (SES-DF), Lucilene Queiroz, pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Câmara Legislativa do DF (CLDF), presidida pelo deputado distrital Fábio Felix (Psol). O documento informa que a comissão foi acionada com denúncia de possível violação de direitos a respeito do funcionamento e atendimento da rede de saúde pública do DF.

O pedido também estabelece que, diante do exposto, é solicitado uma análise da demanda no sentido de averiguar as informações elencadas, identificar as possíveis falhas e envidar os esforços necessários para a resolução dos problemas apontados. O documento, assinado por Felix, também determina um prazo de 30 dias corridos para serem enviados esclarecimentos acerca das ações empreendidas.

A SES-DF também foi procurada pelo jornal. Porém, até o fechamento da reportagem, a pasta não respondeu. 

"A gente sabe que a alimentação é fornecida por um contrato do Iges com uma empresa privada. É preciso que sejam garantidos as condições dignas e saudáveis dos trabalhadores e trabalhadores", diz o deputado Fábio Felix. “É preciso haver uma apuração rigorosa e que o GDF exija que as empresas terceirizadas forneçam comida de qualidade e em total acordo com as normas de higiene."

Nas redes sociais, o deputado Gabriel Magno (PT) informou que estão sendo enviados ofícios para a Secretaria de Saúde, o Iges-DF, além de que o Ministério Público e o Tribunal de Contas também devem ser acionados para investigarem o caso.

"Essa é a saúde do governo Ibaneis/Celina! Empresas ganhando muito dinheiro e a população e os profissionais da saúde abandonados. Esse governo precisa ser responsabilizado por todos os crimes que comete contra a população", escreveu.

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Edição: Flávia Quirino