Após paralisação realizada nesta quarta-feira (23) em frente à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), os enfermeiros decidiram, em assembleia, sair do estado de greve. “O intuito é sinalizar abertura para as negociações”, explicou o Sindicato dos Enfermeiros do DF (SindEnfermeiros-DF).
De acordo com a entidade, a mobilização junto às secretarias de Saúde e de Economia, ao governo do DF (GDF) e à Câmara Legislativa (CLDF) vai continuar até que a mesa de negociação seja definitivamente instalada.
Desde agosto, os enfermeiros da SES-DF lutam por isonomia salarial. O GDF, no entanto, ainda não apresentou nenhuma proposta. Entre as carreiras de ensino superior da secretaria, os enfermeiros são os que ganham menos.
A categoria também enfrenta outros desafios, como o déficit de profissionais, a exigência de alta produtividade, e a crescente diferença salarial, que hoje chega a R$ 5 mil, um aumento significativo em relação aos R$ 800 registrados em 2013.
De acordo com o SindEnfermeiros, faltam mil enfermeiros nos hospitais públicos do DF. Enquanto isso, aproximadamente 5 mil candidatos aprovados no último concurso público para a carreira de enfermagem aguardam convocação.
Nesta terça-feira (22), a deputada distrital Dayse Amarílio (PSB-DF), que tem acompanhado as mobilizações, participou de uma reunião com o secretário executivo de Finanças, Orçamento e Planejamento, Thiago Conde, e apresentou as propostas da categoria, além das contribuições positivas que os enfermeiros representa para a saúde pública.
A parlamentar busca, na CLDF, a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com previsão de recursos que possibilitem o reajuste salarial de mais de 5 mil enfermeiros ativos e aposentados do SUS.
Segundo o presidente do SindEnfermeiros-DF, Jorge Henrique, a reunião com Conde teve “sinalizações positivas”.
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Edição: Márcia Silva