Distrito Federal

CASA COMUM

Espaço coletivo de trabalho e incidência política é inaugurado em Brasília nesta sexta (1º)

O local busca ser um ambiente seguro para coletivos e movimentos sociais

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Espaço fica localizado na quadra CLN 205, conhecida como Babilônia pelo seu projeto arquitetônico - Foto: Casa Comum/divulgação

Um novo espaço coletivo de trabalho e criação será inaugurado em Brasília nesta sexta-feira (1º). O projeto da Casa Comum (CC) é fruto de uma parceria entre o Instituto Afrolatinas, o Instituto Procomum e o Advocacy Hub, com a missão de apoiar pessoas, coletivos e movimentos sociais em um ambiente seguro de colaboração e formação. O evento de apresentação, que começará às 15h30, conta com uma programação que inclui um happy hour e atividades culturais.

O espaço está situado na quadra CLN 205, setor comercial da Asa Norte, também conhecida como Babilônia e de peculiar diversidade sociocultural. Jaqueline Fernandes, gestora cultural e diretora do Latinidades, o maior festival de mulheres negras da América Latina, acredita que a Casa Comum é essencial para ampliar oportunidades de incidência política. Ela aponta que uma das principais motivações do projeto é atuar em rede, "promovendo a inclusão de grupos historicamente excluídos". Para Fernandes, o fortalecimento das organizações da sociedade civil é fundamental para a luta por uma democracia efetiva.

Rodrigo Savazoni, diretor do Instituto Procomum e um dos idealizadores do projeto, enfatiza que a Casa não se limita a ser um simples coworking, mas busca estabelecer uma rede cooperativa. "Queremos construir uma comunidade criativa para a ação coletiva”, explica. A CC oferecerá, além de espaços de trabalho, uma programação constante de atividades políticas e formativas. Ele destaca que a Casa Comum surge para "fortalecer a qualidade da intervenção da sociedade civil”, permitindo uma maior incidência nas políticas públicas.

Sylvia Siqueira, gerente de Programas para Aberturas Democráticas da Open Society Foundations, acrescenta que a Casa Comum é necessária em um “momento histórico de esgotamento profundo”. Segundo ela, é crucial que as vozes de mulheres negras, do movimento feminista, dos povos indígenas e das juventudes sejam integradas nas decisões políticas. “A Casa Comum vem também ser esse lugar, esse território de encontros do Brasil para mudar a concepção e a prática de poder”, afirma.


Uma parceria entre o Instituto Procomum, Advocacy Hub e Instituto Afrolatinas formam a direção do projeto / Foto: Casa Comum/divulgação

Pedro Telles, cofundador e presidente do conselho do Advocacy Hub, destaca que o espaço responde a uma demanda concreta de organizações e movimentos que enfrentam dificuldades em Brasília. “Agora, qualquer ativista pode contar com um espaço seguro e acessível para trabalhar”, enfatiza. A CC pretende ser um ponto de encontro para aqueles que buscam apoio em suas pautas junto ao governo e outras instituições.

O modelo de adesão se assemelha ao de um clube, permitindo que os usuários escolham planos de serviços que atendam às suas necessidades. O espaço está equipado com estações de trabalho, salas de reuniões e áreas ao ar livre, promovendo um ambiente propício à colaboração. Para se associar à Casa Comum, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

A inauguração terá como atração musical a DJ Kaju e será transmitida ao vivo pelo canal da Mídia Ninja no YouTube.

Serviço - Inauguração Casa Comum

Data: sexta-feira (1º de novembro)

Horários:

  • 15h30: Abertura do evento com apresentação do projeto Casa Comum.

  • 16h00: Happy hour e networking entre os participantes.

  • 17h00: Atividades culturais e troca de experiências.

Local: CLN 205, Bloco B, Loja 19, Brasília - DF

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Edição: Flávia Quirino