Autoridades do Distrito Federal repercutiram as explosões que aconteceram na noite desta quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, que resultou na morte de um homem.
Em nota, a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), disse que reforça o seu compromisso com a democracia e repudiou ataques às instituições e Poderes do país. “Confiamos que as autoridades policiais trarão esclarecimentos aos fatos ainda incertos e protegerão o patrimônio público e, sobretudo, a vida de servidores e da população que transita em Brasília”.
O governado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou que todas as unidades de segurança e de inteligência do Governo do Distrito Federal foram orientadas a agir com rigor e celeridade para identificar o autor ou autores, bem como a motivação para esses ataques. "Minha total solidariedade às autoridades e servidores dos três poderes, desejando que a segurança de todos seja prontamente restabelecida", escreve.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou que o Governo está "no comando" e "empenhado" em garantir a segurança e tranquilidade da população. "Estamos trabalhando com toda a força de nossa segurança pública para assegurar que as informações sejam atualizadas e verídicas, transmitidas diretamente pelas nossas equipes e fontes seguras. Nossa prioridade é cuidar da população e manter todos informados sobre os desdobramentos da situação, com total transparência e compromisso", destacou a vice-governadora.
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A senadora pelo DF Leila Barros (PDT), afirmou que "é preocupante" a situação vivida em Brasília. No Instagram, ela escreve que "as explosões registradas ainda estão sendo investigadas, e não é possível fazer afirmações. Estamos atentos às investigações e lamentamos profundamente a situação."
Parlamentares do DF também se manifestaram. A deputada federal Érika Kokay (PT) disse em uma rede social que a "extrema direita não respeita a democracia e a vontade soberana do povo, se alimentando, constantemente, do ódio". Ela ainda destaca que os ataques ao Supremo Tribunal Federal e à Câmara Federal são expressões desse ódio.
"Querem explodir as instituições e o Estado Democrático de Direito. Quem explodiu, foi candidato pelo PL e avisou que realizaria o atentado. Enquanto isso, o bolsonarismo quer anistiar a violência e os ataques à democracia, propagando a impunidade e o ódio", disse a deputada.
Já o deputado distrital Fábio Felix (Psol) afirmou que as autoridades precisam apurar a fundo e com seriedade o acontecido e aponta que a capital e o Brasil não podem viver novamente sob esse clima de ameaça e de insegurança pública.
"É por isso que nossa luta para não haver anistia tem que seguir firme! Sem punição exemplar aos golpistas do 8 de janeiro, novos atentados contra as instituições democráticas continuarão acontecendo. Não podemos deixar que a extrema direita banalize o horror e o golpismo!", também escreveu Felix.
O também deputado distrital Gabriel Magno (PT) lembra, também nas redes sociais, que terça-feira (12) fez 2 anos da diplomação do presidente Lula e dos atos terroristas organizado por setores da extrema direita com bombas em Brasília.
Os deputados Chico Vigilante (PT) e Max Maciel (Psol) também se posicionaram. Para Maciel, Brasilia (DF) "não será a mesma" depois dos ataques.
Entenda o caso
Por volta das 19h30 desta quarta-feira (13), pelo menos duas explosões aconteceram na Praça dos Três Poderes. A primeira aconteceu no carro de Francisco Wanderley Luiz, suspeito de ser o responsável pelos ataques, estacionado próximo à Câmara dos Deputados. Os explosivos parecem ter sido acionados de maneira remota.
A segunda, que causou a morte de uma pessoa, aconteceu próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). A pessoa – que aparentemente era Luiz – tentou entrar no prédio, mas foi barrada. A partir desse momento, ainda não há confirmação sobre as ações exatas, mas houve mais uma explosão, que causou a morte da vítima.
Em nota, o STF disse que foram "ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança". "Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela", acrescenta.
A Polícia Civil do Distrito Federal informou que "policiais da 5ª Delegacia de Polícia estão no local onde ocorreu a explosão de um artefato, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (13). A PCDF já deu início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada para o local".
Já a Polícia Militar do DF (PMDF) disse que, ao chegar, os agentes encontraram um indivíduo que aparentemente tirou a própria vida com um explosivo. Eles explicaram, por nota, que a área foi imediatamente isolada para uma varredura em busca de outros artefatos e que todos os principais prédios de Brasília e o aeroporto tiveram o reforço do policiamento. "A PMDF permanece na esplanada dos ministérios em apoio às investigações e na preservação da área", informou a PMDF.
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Edição: Rafaela Ferreira